PREFEITURA REALIZA PALESTRA SOBRE DESIGUALDADE DE GÊNEROS E EMPODERAMENTO FEMININO

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PREFEITURA REALIZA PALESTRA SOBRE DESIGUALDADE DE GÊNEROS E EMPODERAMENTO FEMININO
Em alusão ao Agosto Lilás, campanha que simboliza a criação da Lei Maria da Penha e tem como intuito lutar contra a violência doméstica as mulheres, foi realizada hoje (30), pela Prefeitura de Pinheiral através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, uma palestra com o tema Relações de Gênero – O Poder Desigual nas Relações Entre Homens e Mulheres: empoderamento, participação social e representatividade. A palestra ministrada pela assistente social e professora dos cursos de direito e assistência social do UniFOA, Daniele do Val Santa Bárbara, aconteceu no auditório da Prefeitura de Pinheiral.
A secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Patrícia Rivello, falou sobre a importância da discussão sobre o tema.
A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos junto com a Coordenadora de Mulheres, Sônia Aguiar, montou todo o planejamento do Agosto Lilás, o mês de prevenção à violência contra a mulher devido aos treze anos de criação da Lei Maria da Penha. Nós planejamos vários temas, entre eles está as Mulheres Extraordinárias, onde cada mulher presente falou um pouco de suas experiências de vida, de superação e dos desafios enfrentados. Foi abordada, também, a prevenção à violência, visto que, quando estamos sofrendo com esse tipo de problema dentro de nossas casas é preciso buscar ajuda. A Coordenadoria da Mulher é um espaço de prevenção à violência onde são oferecidas várias atividades como, por exemplo, arteterapia, o grupo de convivência Mulheres Movimento em Ação (MMA) e o curso de salgadeira. Em breve, o Espaço Mulher dará início a um coral, sendo essa mais uma atividade a ser realizada neste espaço, disse a secretária.
Daniele do Val Santa Bárbara, professora e ministrante da palestra falou a respeito da importância de se discutir o tema, bem como a importância de falar abertamente da desigualdade entre homens e mulheres na sociedade.
Quando pensamos que o machismo, sexismo e as desigualdades entre homens e mulheres diminuíram, vivenciamos episódios ou nos deparamos com notícias na mídia que nos mostra o quanto essa relação ainda é muito fragilizada. É um tipo de assunto que nunca fica desatualizado e nem superado. Cada vez mais nós vemos as formas como as relações vão se dinamizando, em principal, os episódios de violência que acontecem. Então, quando criamos essa parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos para pensar a respeito do debate sobre a desigualdade de gênero, a proposta foi, justamente, fazer três encontros de forma encadeada para que nós pudéssemos perceber como se origina essa desigualdade ou essa pretensa de desigualdade, visto que ela não é natural, e sim, construída socialmente. De que forma isso reflete nas relações entre homens e mulheres, na família e na sociedade culminando nos episódios de violência? Sendo assim, o segundo encontro foi para discutir a violência contra a mulher, a violência de gênero. Agora, esse terceiro encontro é justamente para poder se pensar em formas de participação e em formas de cidadania da representatividade feminina para que nós possamos pensar, de fato, em estratégias de empoderamento da mulher, não só do ponto de vista da psicologia, mas principalmente do ponto de vista da emancipação e da participação cidadã. Pensamos nesses três encontros como uma forma de fazer uma crítica às relações desiguais, pensando num fenômeno tão complexo como é o da violência, como uma expressão máxima dessa desigualdade e dessa subjugação para, aí sim, chegarmos à discussão do empoderamento e pensarmos como as mulheres podem, de fato, ter independência, autonomia e terem voz e vez sendo sujeitos de direitos, declarou.