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II Encontro de Jongos do Vale do Café é realizado em Pinheiral

Evento marcou o lançamento do álbum “Jongo do Vale do Café”

Pinheiral recebeu no último sábado,07 de outubro, o II Encontro de Jongos do Vale do Café, mais um evento com o apoio da Prefeitura de Pinheiral, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura, Lazer, Juventude e Turismo (SEMECULT), que disponibilizou toda a estrutura necessária para a realização do evento.  A celebração foi realizada no Parque das Ruínas e marcou o lançamento do álbum Jongo do Vale do Café, que reuniu cinco quilombos centenários e participação de mais de 100 artistas quilombolas, que agitaram a cidade ao som dos tambores caxambu e candongueiro. O disco foi gravado em uma semana num terreiro de terra batida, numa floresta do Quilombo São José, em Valença, Estado do Rio de Janeiro e todas as faixas estão disponíveis nas plataformas digitais. 

 

O Encontro de Jongos do Vale do Café contou ainda com o incentivo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio e do Governo do Estado, com o apoio do Samba do Abacateiro e da Rede de Patrimônio Imaterial do Estado do Rio e reuniu 18 cidades, Madureira da Serrinha, Quilombo São José da Serra, Vassouras, Arrozal, Piraí, Barra do Piraí, Santo Antônio de Pádua, Volta Redonda, Angra dos Reis, Quissamã, Indaiatuba, São José dos Campos, Campinas, Guaianás, Tamandaré, Taubaté e Piquete.

 

Participaram do encontro, o prefeito Ednardo Barbosa, vice-prefeita Sediene Maia, secretários de Desenvolvimento Econômico, Júlio Barbosa, vereadores Leonardo Barros e Leonardo Cabral, além de Marcos André da Rede de Patrimônio Imaterial do estado do Rio, Ivan Mascarenhas do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e Eduardo Nascimento, representante do Ministério da Cultura.

 

O prefeito Ednardo Barbosa destacou a importância e a tradição em celebrar a dança jongueira no município.

 

- Estamos muito felizes em poder contribuir com essa cultura que é tão importante para Pinheiral, que é intitulada Cidade do Jongo. Parabenizo a diretora do grupo, Maria Amélia da Silveira Santos, mais conhecida como Meméia por todo empenho e dedicação, aos integrantes do jongo pelo comprometimento e a secretária Aline por sempre incentivar as celebrações culturais- disse.

 

A secretária da pasta, Aline Gouvêa afirma que o objetivo é manter viva a história do jongo no município e possibilitar que a manifestação cultural seja expandida e respeitada nas suas mais variadas formas.

 

- Temos orgulho em fazer parte do jongo de Pinheiral. Essa gestão do prefeito Ednardo Barbosa e da vice-prefeita Sediene Maia sempre apoiou o Centro de Referência de Estudo Afro do Sul Fluminense (CREASF), prova disso, é a estrutura que pelo segundo ano foi oferecida para que esse encontro acontecesse no Parque das Ruínas reunindo as comunidades jongueiras de todo país. Parabenizo a Memeia e todos os membros do Jongo de Pinheiral pelo belíssimo evento. Esse ano ficamos mais felizes ainda em sediar o lançamento do álbum e poder continuar essa cultura de incentivo ao Jongo de Pinheiral, que é um patrimônio da nossa cidade- destacou.

 

Marcos André Carvalho, diretor do grupo jongueiro de Santa Tereza, da Rede de Jongo do Vale do Café e patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, explicou um pouco sobre a gravação do álbum.

 

  - O estúdio e o sistema de gravação foram montados numa floresta no alto do quilombo, utilizando técnicas de gravação de orquestra para trazer para dentro da casa do ouvinte a esfera mágica e a energia de uma roda de jongo de dentro do quilombo. Fizemos tudo com muito carinho para levar aos lares o som do jongo - afirmou.   

 

Para a diretora do jongo de Pinheiral, Maria Amélia da Silveira Santos, a Meméia, o lançamento do álbum marca um novo tempo para os jongueiros.

 

- Agradeço a todos os companheiros que estiveram presentes no evento. Estamos muito alegres pelo trabalho que estamos realizando e esperamos que através deste álbum, os ouvintes possam lembrar os antepassados, valorizar a cultura existente no país e trabalhar a questão da igualdade racial- frisou.

 

Para o representante do Ministério da Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Nascimento, ressaltou o compromisso do Ministério em ampliar o diálogo com os estados e municípios, incluindo a reativação da Conferência Nacional de Cultura, marcada para março de 2024.

 

- Uma das iniciativas mais notáveis é a Lei Paulo Gustavo, que descentraliza os investimentos culturais, direcionando recursos diretamente para os estados e municípios. E uma excelente notícia que posso adiantar para o setor cultural é que a Lei Paulo Gustavo II, será implantada pelos próximos cinco anos, o que vai fortalecer a cena cultural em todo o país e possibilitar acesso á cultura para todos, pois sabemos que a cultura salva vidas - afirmou.