Pinheiral reforça combate à violência contra a mulher durante Agosto Lilás

Palestra no Hospital Municipal orienta sobre tipos de agressão e canais de denúncia
Pinheiral intensifica ações de conscientização durante o Agosto Lilás, mês dedicado à prevenção da violência doméstica e de gênero. Na última semana, foi realizada uma palestra no Hospital Municipal Prefeito Aurelino Gonçalves Barbosa, onde profissionais compartilharam informações sobre os diferentes tipos de violência e os mecanismos de proteção disponíveis. Durante o encontro, foram abordadas questões como o ciclo da violência e a necessidade de interrompê-lo por meio da denúncia e do acolhimento adequado.
A iniciativa, promovida em parceria pela Secretaria de Saúde e pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, buscou informar, orientar e apoiar mulheres em situação de risco, reforçando a importância da denúncia e do amparo legal garantido pela Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).
De acordo com a lei, violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, além de dano moral ou patrimonial. São cinco os tipos de agressão contemplados: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial — e todas devem ser denunciadas.
Suellen Nataline, coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), destacou a importância de reconhecer os sinais. "Muitas mulheres não percebem que estão sendo vítimas de violência psicológica, moral ou patrimonial, por exemplo. É fundamental que conheçam os sinais e saibam que toda forma de agressão deve ser denunciada. Conhecimento é a primeira forma de proteção", declarou.
Entre os exemplos citados por Suellen estão: violência psicológica (ameaças, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante), violência sexual (constrangimento para relações sexuais, imposição de atos que causem repulsa, coerção para aborto ou casamento forçado), violência patrimonial (controle do dinheiro, destruição de bens ou documentos, privação de recursos econômicos) e violência moral (difamação, críticas falsas, exposição da vida íntima, desvalorização).
Patrícia Rivello, superintendente de Programas e Ações da Secretaria de Saúde, ressaltou a integração entre saúde e assistência social: "Ao unirmos esforços, conseguimos levar informações essenciais, orientar sobre prevenção e fortalecer o cuidado integral às mulheres. A prevenção e o acolhimento começam com conhecimento e acesso aos canais de apoio", disse.
A atividade contou ainda com a participação de Bruna Pires, diretora do Departamento de Proteção Especial, e de Carolina Cardoso de Oliveira, diretora do Departamento de Proteção Social Básica, ambas da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.
Segundo dados da Vigilância em Saúde de Pinheiral, até julho de 2025, 51 casos de violência contra a mulher foram notificados pelo Pronto-Socorro Municipal.
Para interromper o ciclo da violência, a Prefeitura reforça a importância de denunciar. Os canais incluem o Disque 180, a Polícia Militar (190) e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Aplicativos como Maria da Penha Virtual e Rede Mulher também permitem registrar ocorrências, solicitar medidas protetivas e acessar redes de apoio.