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Setembro Verde reforça a importância da inclusão e do respeito às diferenças

Encontro reúne comunidade escolar para discutir acessibilidade, empatia e valorização

O Setembro Verde é um convite para olhar a sociedade com mais empatia e refletir sobre a inclusão social das pessoas com deficiência. Com esse objetivo, a Secretaria de Educação e Inovação promoveu uma roda de conversa no Centro Municipal de Ensino Roberto Silveira, reunindo profissionais, estudantes e familiares.

 

Durante o encontro, a superintendente pedagógica da Secretaria, Lucrécia Souza, destacou que a data vai muito além de um mês de campanha. “Precisamos cultivar atitudes diárias de respeito e acolhimento para que a inclusão aconteça de verdade. A escola é um espaço essencial para essa transformação, pois é aqui que valores como empatia e solidariedade se tornam parte da rotina. Não basta apenas aceitar, é preciso garantir que cada estudante se sinta pertencente, com oportunidades reais de aprendizagem e participação”, afirmou.

 

Edilma Oliveira, diretora do Departamento de Educação Especial, reforçou a mensagem. “É preciso refletir. Pessoas com deficiência precisam estar em todos os espaços”, disse. Ela lembrou que a inclusão exige compromisso contínuo. “Falamos de acessibilidade física, mas também de atitudes. Quando a comunidade escolar se abre para conhecer a realidade de cada aluno e valoriza suas capacidades, todos ganham. Não se trata apenas de adaptação, mas de reconhecer a diversidade”, completou.

 

Wellington Almeida, professor surdo, palestrou durante a atividade e compartilhou sua trajetória. “Nasci ouvinte, mas, por complicações de saúde, perdi a audição durante a infância. Enfrentei muitas barreiras em tratamentos e nos estudos, aprendi Libras e, com apoio da minha mãe, hoje sou professor concursado de alunos surdos em Volta Redonda. O apoio familiar foi essencial para que eu seguisse em frente”, ressaltou.

 

Também participaram Mayza Marinho, de 14 anos, que utiliza cadeira de rodas, e sua mãe, Rosangela da Silva Marinho. Elas compartilharam experiências sobre os desafios que enfrentam, desde a acessibilidade em espaços públicos até a necessidade de maior compreensão da sociedade. Rosangela destacou que a inclusão não se resume a rampas ou adaptações físicas, mas envolve empatia, respeito e a valorização das capacidades individuais. “Apesar das dificuldades, cada pessoa tem habilidades únicas que precisam ser reconhecidas e estimuladas. É fundamental que a comunidade, a escola e o poder público trabalhem juntos para que todos tenham as mesmas oportunidades”, afirmou.

 

Segundo o secretário de Educação e Inovação, Luciano Marins, o evento deixou a mensagem de que a inclusão se faz com atitudes diárias. “Mais do que celebrar um mês, é preciso transformar consciência em prática em todos os espaços para que todos tenham oportunidades reais de participação e pertencimento”, disse.

 

O encontro mostrou que a inclusão não é apenas uma prática escolar, mas um valor que deve permear todos os ambientes da sociedade. Iniciativas como essa são fundamentais para sensibilizar a comunidade, fortalecer o respeito às diferenças e transformar atitudes, garantindo que cada pessoa com deficiência tenha voz, participação e oportunidades reais de desenvolvimento.

 

 

 

Atendimento Educacional Especializado

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) está presente em todas as unidades da rede municipal de Pinheiral, incluindo as creches, garantindo acompanhamento adequado desde a primeira infância. Mais de 100 crianças são atendidas pelo AEE, recebendo suporte individualizado para desenvolver suas habilidades. De acordo com a equipe de Educação, são realizados estudos semanais para aprimorar as práticas pedagógicas e promover a inclusão. Além disso, os profissionais participam de cursos de aperfeiçoamento oferecidos pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em parceria com o Centro de Formação e Pesquisa em Educação Especial do Rio de Janeiro (CEFOPEE/RJ), e a rede conta também com o apoio de intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), assegurando acessibilidade e comunicação para os estudantes surdos.